tag:blogger.com,1999:blog-38894047023031520942024-02-20T23:56:25.049-08:00Maria-treva-florSou o "i" do meu real.
Nem sequer ainda me conheci, mas jamais deixarei de me procurar.
...e um dia quando me encontrar, vou sentir que nunca me fui estranha.Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-70019307385543500242008-01-09T16:36:00.000-08:002008-01-10T14:15:45.874-08:00Chegada do inesperado<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwPRmNrbhA6NOoEIwK3FzIVSA4VlMYCPyD0_W0Z0vfy_USLD5YnZ8tJ6j9dvq6TeloGd3X6JRVxz53DxAI1Djs7zmHClwEi6xmxDwx21MC6ZuDLF42C5z2NwDPOX0N6zrJdfAsKLHS73uQ/s1600-h/P1050732.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5153641827987255858" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwPRmNrbhA6NOoEIwK3FzIVSA4VlMYCPyD0_W0Z0vfy_USLD5YnZ8tJ6j9dvq6TeloGd3X6JRVxz53DxAI1Djs7zmHClwEi6xmxDwx21MC6ZuDLF42C5z2NwDPOX0N6zrJdfAsKLHS73uQ/s400/P1050732.JPG" border="0" /></a><br /><div>Não tenho voz</div><div>Nem tão pouco trago guitarra</div><div>É tudo um sonho eterno</div><div>ou um reflexo do nada</div><div>Onde sou apenas um rosto</div><div>ou uns olhos abertos sobre o abismo</div><div>que, contemplam a minha chegada.</div><div></div><div>Foto by: Maria treva flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-69776379507342438952007-12-08T07:10:00.000-08:002007-12-08T07:24:28.618-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyyxuntuePKQVSYTZQiG-Xm2brcp8xTNZH-vwGce86LKXeu8JuYjcbTH2jxhbHmzf9FhUSc6mL0QocCM4pdwOiaDeG64vO_uOEM31PM5UxJTDgXeKql0YhNoUUBZUqbiaPigyee9V1QZgD/s1600-h/P1040200.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5141620977024909074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyyxuntuePKQVSYTZQiG-Xm2brcp8xTNZH-vwGce86LKXeu8JuYjcbTH2jxhbHmzf9FhUSc6mL0QocCM4pdwOiaDeG64vO_uOEM31PM5UxJTDgXeKql0YhNoUUBZUqbiaPigyee9V1QZgD/s400/P1040200.JPG" border="0" /></a><br /><div>Instantes<br /><br />... E tudo permanece em silêncio</div><div> enquanto estremece o momento.</div><div>Sabores densos a prados ou maçãs verdes</div><div>flutuam na luz matinal mal filtrada </div><div>São palpitações novas de vertigens sentidas</div><div>Observo-o indiscreta ou por sensual apetite suas formas esbeltas.</div><div>Céus! Parece um Apolo de porte Dionisíaco</div><div> livre, despido e de corpo solto.</div><div>É um corpo que amanhece da noite que agora acaba</div><div> e pelo seu sol deslizo com o resvalar do beijo fresco da manhã.</div><div> </div><div> Há algo suave, quase feminino no seu rosto,</div><div> apesar da barba por fazer e a firmeza que desenha seu musculado corpo</div><div> seu peito, seus quadris - percorro.</div><div> É pecado pela certa. Como resistir? </div><div>É o éden, é paixão que apalpa, </div><div>o sentido desnudado do tumultuoso latejar do coração,</div><div> ao fazer-se amor que assegura um mundo que começa... </div><div>..aqui, onde tudo permanece em silêncio</div><div> enquanto estremece o instante.<br /><br />Foto by: Maria treva Flor<br /></div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-9107865864068214302007-11-30T06:01:00.000-08:002007-11-30T06:07:48.827-08:00Quando as borboletas deixam de esvoaçar no estômago<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVXG5FcaRm2lDI7HYEnrrhwIzMev69tlk7CPsAMcbrr3T3N8qtTbpOVmLyQ7dowbDOGoHOW-6mBxkdG3vT_DYbL1IYOUqoqgg9pNfYHBFJwnOufMzVoyBYGjzQ0AvRCFd60cnsWi9GS8aZ/s1600-r/P1040609.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5138634705979348306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW7HDOoAgZi2iNYrW2H0Kuqcp_3znA5mZYOpnqbsUKHh5CdVzOaeEmA8EdMoqYVv4cxtJC4APF-ntM6W5jJAvMCWAJMsAcNvhSPv6fNO2ETmIxzxH6iU56A-0XpW75BMp-erYAXGprx_D8/s400/P1040609.JPG" border="0" /></a><br /><div>Vais embora?<br />Não vás ainda, imploro.<br />Não fujas nesta hora despida<br />Olha-me na íntima angústia<br />Dá-me vida, dá-me morte,<br />Não me deixes no limbo<br />Deita-me no esquife e corre os ferrolhos<br />Aqui tens a chave, usa-a<br />Balanceia-te no perfume agridoce da morte<br />Outorga a minha inocência mumificada<br />Não és tu o meu anjo, o meu demónio<br />O risco e o feitiço de um tão esquivo amante?<br />Então fica. Celebra a minha morte.<br /><br />Foto by: Maria treva flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-41979233063588004782007-11-26T04:32:00.001-08:002007-11-26T04:36:02.979-08:00Na rota do ser<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZlUIYWSK9TECZbykGyGHbHx26JV269y0FptSXAisHfdMzx9uZbs6kav2jK-YVvzraNspW_zbLIzijpbquci-1ytMRhk2LfxSOtYrc0D-q2oUokqBn7faNqWTOU6gjewXNaUBxeXbctLYV/s1600-h/P1050376.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137126218975712578" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZlUIYWSK9TECZbykGyGHbHx26JV269y0FptSXAisHfdMzx9uZbs6kav2jK-YVvzraNspW_zbLIzijpbquci-1ytMRhk2LfxSOtYrc0D-q2oUokqBn7faNqWTOU6gjewXNaUBxeXbctLYV/s400/P1050376.JPG" border="0" /></a><br /><div>Deita-te nú sobre a pedra tumular do meu peito<br />Empenha-te a agasalhar mais além dos limites,<br />nos odores inquietantes dos púcaros dispersos<br />Bebendo no frenesim, ao cair nas suas águas livres,<br />envolto em sonhos inacabados.<br /><br />Ultrapassa-te, faz-te sonho<br />Num sonho sem fundo,<br />percorre-o e fecunda-o comigo<br />Onde estou? Acaso morri entre meus sonhos?<br /><br />R.I.P.</div><div> </div><div>Foto by: Maria-treva-flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-10939254408085856972007-11-16T03:37:00.000-08:002007-11-16T03:57:35.563-08:00Manifesto de silêncio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNkCpFRzUZRUJ4luSt8nSNEndm3DfLDz1TJuHFyVfKgWtYJ43bRYFBBcHajGaYcySvNpo6QR8Jt1QD8Z184-lZDIMU2WKusqZ8HP-KtAMxtgC3W50LwLfH5kge4K_rtOXjie7jNv6-LTk9/s1600-h/P1050332.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5133402512394851634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNkCpFRzUZRUJ4luSt8nSNEndm3DfLDz1TJuHFyVfKgWtYJ43bRYFBBcHajGaYcySvNpo6QR8Jt1QD8Z184-lZDIMU2WKusqZ8HP-KtAMxtgC3W50LwLfH5kge4K_rtOXjie7jNv6-LTk9/s400/P1050332.JPG" border="0" /></a><br /><br /><div>Avança lentamente<br />um passo mais.<br />Encontremo-nos talvez<br />nos umbrais deste poema.<br /><br />Nega-o, apaga-o<br />ainda não se fez.<br /><br />Apenas tu e eu<br />no silêncio de um possível verso.<br /><br /><br />Deixa,<br />Que o silêncio emane o teu silêncio<br />e que uma inquietude te traga, o meu silêncio<br />Com o mundo que interpretas<br />para que humildemente eu te sirva, a interrogação:<br />Calada<br />Secreta<br />Sem palavras.<br /><br />Na imanência oculta que nos atrai<br />a substância atónita da alma.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-30780766891761472052007-10-24T06:31:00.000-07:002007-10-24T15:17:41.050-07:00Diálogo de vultos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhia5VfqHjFZSFs-5Fg_RbbP4pu0KqL_baHLlgpUlhht5Y2rY9QxfMSFsum11y_pv3o0-L9qSQDncx0zRWk6hksDzFtUx7EI1AFiZwnkxsyPFeI5_ptehNugYkAP1TIxtXtkumUzOSQHLOz/s1600-h/P1050256.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5124895805965087202" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhia5VfqHjFZSFs-5Fg_RbbP4pu0KqL_baHLlgpUlhht5Y2rY9QxfMSFsum11y_pv3o0-L9qSQDncx0zRWk6hksDzFtUx7EI1AFiZwnkxsyPFeI5_ptehNugYkAP1TIxtXtkumUzOSQHLOz/s400/P1050256.JPG" border="0" /></a><br /><div><br />- Onde estamos?<br />- Estamos mortos.<br /><br />E sem prestar a mais leve atenção, entregamo-nos<br />Como quem surge da bruma, sem alguma inquietude<br />descarregamos o fardo das intempéries nos tordos recantos.<br /><br />Foi o amanhecer de Primavera manhã<br />Alisamos o cansaço da pele<br />de chuvas e ventos<br />Sentamo-nos lado a lado,<br />e foi viver os aromas da estadia.<br /><br />Dêmo-nos ao coração singelo<br />Incendiou-se melodias<br />já esquecidas, da água e do fogo<br />Encorajamo-nos a preservar<br />A não sofrer amarga morte.<br /><br />Diante dos nossos olhos, estenderam-se caminhos<br />que conduziam à vida<br />Abraçamo-nos.<br />Um ao outro num abraço demorado<br />Poderosa luz que infundiu nos nossos lábios.<br /><br />Com olhos d´ água e fogo d´alma<br />caminhamos até ao horizonte<br />Pedimos uma última palavra:<br />- Com que nome poderemos recordar-nos?<br /><br />Quase sem voz<br />acenamos um adeus<br />E, desde então nossa vida tem sido apenas<br />Esperar por nós, sabendo-nos ressuscitados.</div><div> </div><div>Foto by: Maria-trava-flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-72707211145186620852007-09-30T07:46:00.000-07:002007-09-30T07:58:55.748-07:00Esquecer-te é esquecer-me de mim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoLG02gDdJLcGjm3_BISypiwg3tR78JNMzgroLIJ8ay-96t-YYMeyKeKCjT_qa6cdX08tGMJ4cRhWhITICtSnSFAbdW74Qmw8SgRLLkk7iXd9apNmL1mfpfOjQyjIsBmOdfPMuSHjpcQLM/s1600-h/P1050129.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoLG02gDdJLcGjm3_BISypiwg3tR78JNMzgroLIJ8ay-96t-YYMeyKeKCjT_qa6cdX08tGMJ4cRhWhITICtSnSFAbdW74Qmw8SgRLLkk7iXd9apNmL1mfpfOjQyjIsBmOdfPMuSHjpcQLM/s400/P1050129.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5116009424140382674" /></a><br />Como vou esquecer-te se ao esquecer-te serei uma ruga mais<br />que se inscreve no rosto do cansaço<br />Uns passos sem rasto, uma inerte lembrança<br />a viver no escuro sob a noite pétrea sem espera e sem alma.<br />Com a obstinada pena, longe da ascensão dos sentidos<br />quando a vida ardia a quatro braços.<br />E, fazia resnascer em mim todo um universo, na certeza do percorrer do teu corpo azul relâmpago, que me cravava ao chão e arrancava pedaços ao céu.<br />Como vou esquecer-te se ao esquecer-te serei uma rugosa estátua de areia mordida pelo tempo<br />que no aberto espaço não te esquece, desejando sem calma a ineficácia das horas.<br />Insanidade do tempo, como se fizesse esquecer o que se soube viver e não se quer escapar.<br />Como vou esquecer-te se ao esquecer-te é esquecer-me de mim?<br />E, contarei as rugas que se vão pondo.Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-24122143516275560742007-09-23T03:49:00.000-07:002007-09-23T04:17:56.609-07:00Sem eira nem beira<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9OsWXqCQfNCmuXRjEHwUlULjhyphenhyphene8jvtuxZKQOiM99Y-YtFHJVHD5ylrdB-CbxFAgxkZAdku5MiE80Y3pBjefFLB-7dBCl2jUCE6ptaHhgBmwrc2jiQ9W-0ai4-eN0lTyJtK1Vv28QkIEH/s1600-h/P1050101.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5113350311103181250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9OsWXqCQfNCmuXRjEHwUlULjhyphenhyphene8jvtuxZKQOiM99Y-YtFHJVHD5ylrdB-CbxFAgxkZAdku5MiE80Y3pBjefFLB-7dBCl2jUCE6ptaHhgBmwrc2jiQ9W-0ai4-eN0lTyJtK1Vv28QkIEH/s400/P1050101.JPG" border="0" /></a><br /><div>Tenho um estranho ruído em meu peito</div><div>Tic-Tac, tic-tac! é seu som.</div><div>Parece um balancear de ponteiros, a dançar tontos ao sol da manhã.</div><div>É um sobe e desce de roldanas ondulantes, presas a trémulo pêndulo.</div><div>De picos, garras e unhas a respirar a cada instante.</div><div>Despertam rouxinóis adormecidos, em jubilo de murta e jasmim.</div><div>Ver-te, ter-te em meus olhos, sentir-te,</div><div>não é coisa vil.</div><div>É preciso maneio, dar à corda por inteiro sem falhar a volta do meio.</div><div>É no meio que está a virtude (dizem), não estou tão certa assim.</div><div>já que estendo arpejos ao sol e ao dilúvio</div><div>com estas badaladas entranhas.</div><div>Sem eira nem beira</div><div>neste paraiso carnal.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-6466556750661593862007-09-21T08:13:00.000-07:002007-09-21T08:34:47.940-07:00Quarto crescente<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFOpJvnG3XYRzpCHXE0_bfC-k4ls2m1Naf5c08au9bK2QYTDtYgZcUQ2R2KIwHxAlavJNpAmIwdpH4bilLKWu_nQWgs8SUzT7k5f8Vpd1FH2wTycz1DLn-MRHOeIew8FdRu3Wg-kpaTS8V/s1600-h/P1050089.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112676830166397362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFOpJvnG3XYRzpCHXE0_bfC-k4ls2m1Naf5c08au9bK2QYTDtYgZcUQ2R2KIwHxAlavJNpAmIwdpH4bilLKWu_nQWgs8SUzT7k5f8Vpd1FH2wTycz1DLn-MRHOeIew8FdRu3Wg-kpaTS8V/s400/P1050089.JPG" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div>Vem,</div><div>Vamos juntos.</div><div>A noite chega devagar e estende-se pelos céus,</div><div>parece uma criança adormecida a éter sobre a mesa.</div><div>Vem,</div><div>Vamos juntos.</div><div>Por mares incertos que são o refúgios das almas murmuradas.</div><div>Passeiam-se por aqui e por além,</div><div>como uma névoa que esfrega as vidraças,</div><div>passa a língua dentro dos recantos encantos.</div><div>Pois já conheço todas,</div><div>Conheço bem. </div><div>Sei das noites que esvaem as almas em breve agonia</div><div>abafadas no vazio de um quarto mais além.</div><div>Pois já conheço todos</div><div>Conheço bem.</div><div>Sei dos quartos minguantes que reduzem a fómulas e olhares,</div><div>por todo o horizonte nocturno, aniquilado,</div><div>que estreita o medo como uma gelada agulha célere no sangue.</div><div>Sei do grito, um grito só, um grito,</div><div>antes da lucidez do salto.</div><div>E, quando fores salto apenas,</div><div>mesmo à beira de ti.</div><div>Vais dormir em quarto crescente, a meu lado.</div><div>Foto: Maria-treva-flor</div><div></div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-52850189678543861102007-09-19T03:36:00.000-07:002007-09-19T04:04:03.786-07:00Aos quatro cantos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-7PSG4T4kpyGdIq_d5b-LTZ27PWVgw-_Iefr4O8hecvAg8RoMi3E8NDuqG_f_UZakkdAXJjzO8rqg0hGzTwatDKR-T3-SBxhvnjAFDG-yJCPNrSvNi31_F-HNBp6dc4gbiwNfk47Thi7/s1600-h/P1050094.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5111863033930122146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh-7PSG4T4kpyGdIq_d5b-LTZ27PWVgw-_Iefr4O8hecvAg8RoMi3E8NDuqG_f_UZakkdAXJjzO8rqg0hGzTwatDKR-T3-SBxhvnjAFDG-yJCPNrSvNi31_F-HNBp6dc4gbiwNfk47Thi7/s400/P1050094.JPG" border="0" /></a><br /><div><strong>Primeiro canto</strong> - Vem a borboleta da noite ao relento</div><div>Brilha com seu diadema de estrelas</div><div>Solta as asas douradas nos céus</div><div>Abre a claridade dos batimentos que se propagam</div><div>Na noite espectral, despertando os seres noctívagos</div><div>Onde tudo é rumor, olhar, inumeráveis palpitações</div><div>Cumpre-se a luz no seu Zénite em reluzente desnudar</div><div>Como se dormisse levemente, entrelaçada, atenta</div><div>ao vibrar presente de apenas uma borboleta.</div><div></div><div><strong>Segundo canto </strong>- Tudo é acariciado pelas tuas mãos.</div><div>Surpreende-me e assobia ao meu ouvido</div><div>Abre a tua chaga de mil cantos</div><div>com esta aliança pura de sangue que te reclama</div><div>Como se fosse uma conturbada nota que muda de tom</div><div>Não é dor. É doçura, é amor que te enlaça por inteiro</div><div>ao roçar numa delícia ténue que jamais poderás esquecer</div><div>Pacto sagrado, elevado ao canto confidente que me imola.</div><div></div><div><strong>Terceiro canto</strong> -<strong> </strong>Porque pensaste conhecer-me</div><div>na tua solidão desamparada</div><div>Mas o fogo é espaço que nos olha e nos despe</div><div>que altera a matéria e o destino</div><div>Não estranhes pois,</div><div>que eu cante no denso e tão breve clamor de um pavio</div><div>Raptando instantes de vida, para viverem comigo a minha vitória.</div><div></div><div><strong>Quarto canto</strong> - Cascatas de amor parecem me deter</div><div>Um obstáculo de fontes precipitam-se</div><div>Brincam indolente com o fogo que se avizinha</div><div>Quem desposou a água com o fogo</div><div>Ungidos de terra e vento agreste</div><div>Para fecundá-los com um amor rebelde?</div><div>Foto: Maria-treva-flor</div><div></div><div></div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-5957870237270704992007-09-12T14:12:00.000-07:002007-09-12T14:21:28.915-07:00Porque choram meus olhos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuv9hjlxT3jui4Zc99CBOW-0NPp8LLSjAzz-sFVgEWJWQDy4ZQkSt-LNKh22L6h5Dg6omTHhrxtEcab2Yd3-chUzcw6Vv8qxMnpvVkszy9_dP-KAtx08vAqx_3QfrO7sbXtKPD7XrYqm2/s1600-h/P1010669.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5109429018368130882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuv9hjlxT3jui4Zc99CBOW-0NPp8LLSjAzz-sFVgEWJWQDy4ZQkSt-LNKh22L6h5Dg6omTHhrxtEcab2Yd3-chUzcw6Vv8qxMnpvVkszy9_dP-KAtx08vAqx_3QfrO7sbXtKPD7XrYqm2/s400/P1010669.JPG" border="0" /></a><br /><div>Na verdade, nem eu sei</div><div>porque choram meus olhos</div><div>Cansados cansados olhos</div><div>Adormecei.</div><div> </div><div>A cada golpe tremem</div><div>quando o açoite vibra</div><div>Estala estala e gemem</div><div>A cada golpe que desiquilibra.</div><div> </div><div>Caem no chão curvados</div><div>em seus magros perfis</div><div>Escravos e condenados</div><div>A verem coisas vis.</div><div> </div><div>Das vidas, mortes duras</div><div>Olhos, chorai chorai</div><div>Um dia tereis armaduras</div><div>frente às injustiças mundiais.</div><div> </div><div>Só não chora quem não vê</div><div>Só não vê gente insana</div><div>Só não sente quem não crê</div><div>Na insigne dor humana.</div><div> </div><div>Foto: Maria-treva-flor</div><div> </div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-89311642691651685322007-09-11T09:45:00.000-07:002007-09-11T09:59:02.718-07:00Mutantes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMYjQNcwHiuuzewVdvDhyphenhyphen7OXn-u62eXfjHo9UP2iMxnz_IlwwDX5sE5idoMilLJW6-AQfmd-FekA1IYvyluU71xa-NUKh3b5oLJQgP6C8KX-FjgYMXqX1vsHhE9qrbiKAGSxO0xef7aMDK/s1600-h/P1040877.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108988850188222898" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMYjQNcwHiuuzewVdvDhyphenhyphen7OXn-u62eXfjHo9UP2iMxnz_IlwwDX5sE5idoMilLJW6-AQfmd-FekA1IYvyluU71xa-NUKh3b5oLJQgP6C8KX-FjgYMXqX1vsHhE9qrbiKAGSxO0xef7aMDK/s400/P1040877.JPG" border="0" /></a><br /><div>Somos sangue que corre como rios dentro de nós</div><div>que nos empurra, nos segura, nos devora</div><div>Somos montanhas de esperança, desertos de sede,</div><div>mares de raiva a quebrar-nos os braços do medo e da loucura.</div><div></div><div>Somos raízes que se agarram às areias movediças</div><div>que se movem sobre pedras</div><div>Somos a significância que pulsa nas palavras</div><div>arrancadas aos gestos com chicotes de fogo</div><div>que nascem no passado e se transformam na nossa essência.</div><div></div><div>E abrem, abrem, abrem os limites fechados do presente,</div><div>entre prenúncio de morte e o nada</div><div></div><div>Somos tudo</div><div>Somos nada.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-13995910783301021832007-09-06T11:18:00.000-07:002007-09-06T11:28:52.554-07:00Pergunto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xCOldHsksb7a27rtKt1VDyG5vYWAjvxawoORuXiYQZ4qWY90SNSe_OADA9NO95TghfSTfAn4bQ1wpAQlYLRMKQ0nU283MjvodcRO3HEANk5h-jt0yRdfblKh5RSYwMH713lk6izMgnZU/s1600-h/P1040850.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107157720946344354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xCOldHsksb7a27rtKt1VDyG5vYWAjvxawoORuXiYQZ4qWY90SNSe_OADA9NO95TghfSTfAn4bQ1wpAQlYLRMKQ0nU283MjvodcRO3HEANk5h-jt0yRdfblKh5RSYwMH713lk6izMgnZU/s400/P1040850.JPG" border="0" /></a><br /><div>Quando chegou, anunciou-se em arrebatação que tudo pode</div><div>Foi motim de carne caprichosa, poema inacabado</div><div>Foi pulsar extremo do Y grego e o T sobre o chão exausto</div><div>Foi valsa, bolero, estremecimemto de um oboé.</div><div></div><div>Foi-se embora, deixou-me o vazio</div><div>Por onde andará aquela arrebatação que tudo pode?</div><div>Pergunto ao vazio que nunca me esquece</div><div>mas não me responde.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-18878616000305854982007-08-28T12:54:00.000-07:002007-08-28T13:09:31.791-07:00A poesia que fazemos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidsHLjZ41Js1DPTeaf9xKlp_e7aiJMRY4zJ1kPSplseOauNTP93FEtC-LnYeNVm8MHZj4Knv3WL3_So41XMOJAHiGnC6AVic-6oE1iTzipBsthyXnr3IRc3JdmuOtGSc-Z_AbhfTAdsbE3/s1600-h/P1040865.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5103842500115071378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidsHLjZ41Js1DPTeaf9xKlp_e7aiJMRY4zJ1kPSplseOauNTP93FEtC-LnYeNVm8MHZj4Knv3WL3_So41XMOJAHiGnC6AVic-6oE1iTzipBsthyXnr3IRc3JdmuOtGSc-Z_AbhfTAdsbE3/s400/P1040865.JPG" border="0" /></a><br /><div>A poesia que fazemos quando na nudez das nossa almas</div><div>segredamos segredos, nascidos no mais profundo de nós</div><div>Incendiando a noite de sonhos insconscientes</div><div>que abrem todos mistérios ao mistério supremo de se fazer amor.</div><div> </div><div>A poesia que fazemos quando nossas almas se unem e se digladiam,</div><div>num luminoso bailado de sombras e luz</div><div>Ao ritmo e compasso de voluptuosos ondulares dos nossos corpos</div><div>a resvalar nos toques de ingenuídade e, de felina doçura.</div><div> </div><div>Somos dois corpos enamorados na mesma furtiva alma</div><div>Alquímica fusão da àgua e do fogo</div><div>E eu respiro-te.</div><div>Bebo-te.</div><div>Invoco-te, incendeio-te, propago-te.</div><div> </div><div>Infatigáveis, fazemos poemas.</div><div>De acordes perfumados a magnólias púrpuras e líquidos reflexos de paixão acesa.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-10959095335287696812007-08-20T12:26:00.000-07:002007-08-20T12:36:27.354-07:00Porque amanhã não estou aqui<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLnnhkxqEdVuw0gmSu4UnNctR4JFB4KEM_Raz-Em9JfC1Fyrtk-xYs7Epc4Y8ONhPZ9JsA9IHmrSv8D5iFqBvbxgeD9PYqxwRls4oSW9HavFhyphenhyphen-e3F8BVv_nYussqbkY0kj5cGqHAH-Qos/s1600-h/P1040017.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5100866817923383682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLnnhkxqEdVuw0gmSu4UnNctR4JFB4KEM_Raz-Em9JfC1Fyrtk-xYs7Epc4Y8ONhPZ9JsA9IHmrSv8D5iFqBvbxgeD9PYqxwRls4oSW9HavFhyphenhyphen-e3F8BVv_nYussqbkY0kj5cGqHAH-Qos/s400/P1040017.JPG" border="0" /></a><br /><div>Espera, não vás ainda</div><div>Deixa-te ficar só mais um pouco</div><div>Deixa que eu te agarre sem que nada me detenha</div><div>Porque amanhã não estou aqui.</div><div></div><div>Deixa-me amar tuas faces sucessivas</div><div>Todas as latitude do teu corpo</div><div>Lamber-te a alma</div><div>chegar ao paraíso, apagando o tempo</div><div>Porque amanhã não estou aqui.</div><div></div><div>Deixa que eu viva este último momento</div><div>a ponta do punhal a chegar ao fundo da medula</div><div>Porque amanhã não estou aqui</div><div>e tu distante, nem de mim sabes.</div><div>Foto by: Maria-treva-flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-43899132979070141582007-08-15T08:24:00.000-07:002007-08-15T08:39:01.027-07:00Carta Registada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfgg2vcoEBkk3IcjmNPOz4NWcqPvI0ikUPCzNMXjLZZgwsTCdYV06QtdLshWIs8MJopUamnuEofhbOznV1nXeFR1QDqY2PRFEa2Fqu4axrn9iC2p8ZKFFnm3jUttS6xQdJhWCjou4clC4/s1600-h/P1040828.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5098948882088010930" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLfgg2vcoEBkk3IcjmNPOz4NWcqPvI0ikUPCzNMXjLZZgwsTCdYV06QtdLshWIs8MJopUamnuEofhbOznV1nXeFR1QDqY2PRFEa2Fqu4axrn9iC2p8ZKFFnm3jUttS6xQdJhWCjou4clC4/s400/P1040828.JPG" border="0" /></a><br /><div>Mãe, quando meus olhos mordem esta terra escura</div><div>sinto o peso, sinto frio</div><div>Retenho então a tua presença distante e sempre pressentida</div><div>na minha própria história escrita pelos teus passos.</div><div>Hei-de resgatar a nossa vida!</div><div>Nem que seja numa só feliz imagem, pulsando na memória,</div><div>Os anos que não vivemos,</div><div>As guerras que sentimos.</div><div>A cúmplicidade de um olhar.</div><div>Acaso apenas seja o tremor de um instante, na presença desta manhã.</div><div>Mãe, quero ficar, ser o teu sol primeiro,</div><div>O raio ninar de um regaço</div><div>que, ao se unirem, o amor proclama</div><div>pela simples felicidade de estarmos juntas</div><div>e, que nem esta terra escura consegue nos separar.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-947723432811476862007-08-07T02:42:00.000-07:002007-08-07T02:51:16.263-07:00Caixa de ritmos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibu_uANFouhxSslVCR3ZKTgK-MC4Z5IdGkCOazpy6PJiXvQN-Gp1Q_TfubCap29BgPrLAFSuMOnmL9M5O7yTu2rcjLf607JK7HXNUo2yAP8o4Qxe4bqh-NHJuwyVaC_jV4nU2xS5m5w5nL/s1600-h/P1040827.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5095892132388611234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibu_uANFouhxSslVCR3ZKTgK-MC4Z5IdGkCOazpy6PJiXvQN-Gp1Q_TfubCap29BgPrLAFSuMOnmL9M5O7yTu2rcjLf607JK7HXNUo2yAP8o4Qxe4bqh-NHJuwyVaC_jV4nU2xS5m5w5nL/s400/P1040827.JPG" border="0" /></a><br /><div>Adivinha-se num reflexo o pulsar</div><div>sob a esponja de mil sons</div><div>Cede-se à hipotermia</div><div>Não é todo o corpo um placebo de raízes cinzas</div><div>cuja última faúlha faz gretar a respiração?</div><div> </div><div>Pois bem...avança num arraso</div><div> </div><div>O ar desenrola um espiral à sua passagem</div><div>Um punhado de sono adjará a lúcida dimensão do descalabro</div><div>Obscena alacridade do sangue tricota relâmpagos de desejo</div><div>Graceja insolente de prazer</div><div> </div><div>E...ao absorver, cambaleia.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-61580521647649844942007-08-02T07:21:00.000-07:002007-08-02T10:43:58.106-07:00नो limiar da próxima dor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6zKlGLP2sOs_MAIgvLztoabon3wdjPKBEMStte8LnCv4_BlvHakzdwzHYpio0d8DI9Mo5qrJOKjYTPBmJKMPcFTtpz6AeKt_zl-7DzAJCOnS_nO04YAuNb-_fgZGDKY0Fs_orgJDj4sa/s1600-h/P1040791.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5094108565614568594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6zKlGLP2sOs_MAIgvLztoabon3wdjPKBEMStte8LnCv4_BlvHakzdwzHYpio0d8DI9Mo5qrJOKjYTPBmJKMPcFTtpz6AeKt_zl-7DzAJCOnS_nO04YAuNb-_fgZGDKY0Fs_orgJDj4sa/s400/P1040791.JPG" border="0" /></a><br /><div>Há um refúgio na sabedoria verbal do teu corpo,</div><div>onde posso esgrimir a penumbra e o silêncio.</div><div>Chegam por esses umbrais até a mim</div><div>pela mão da dor apertada e ainda por vencer.</div><div>Relatam histórias de confusão e caos,</div><div>girando os negros portais da memória,</div><div>onde o vazio devora os possíveis amores </div><div>e todos os seus começos.</div><div>É como tivessem fugido de mim,</div><div>no ardor mais fragrante e sempre na sua promessa.</div><div>Condição imune ao amor,</div><div>ou à forma ascendente como te olho</div><div>e, permaneço pensativa e certa.</div><div>Unicamente és o beijo que me submete,</div><div>ao risco e à plenitude do absoluto.</div><div>Citilando lua sobre o limiar da próxima dor</div><div>um aroma a magnólia, uma brisa enfeitiçada,</div><div>auréola sem fim da pele do milagre.</div><div>Mas ainda não compreendo a claridade distinta</div><div>que águas negra de estrelas, que música longínqua</div><div>te ondula na minha penumbra e silêncio.</div><div>Que um só pensamento sobre ti</div><div>é agora a minha vida até à morte,</div><div>ante a minha indefesa de te amar.</div><div>Foto by: maria-treva -flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-29356185031860546802007-07-30T14:19:00.000-07:002007-07-30T14:24:35.894-07:00Anjo caído<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYcWifeFfhqNOMFaJhTamMIqL2j2ISJ8-HBQ4OB4y48LyY9tPbaBX8gRfq3FyTA1FobDZlUUA_wdGdAX6E_sBSCXWaEbBm75-F2-xheeKxgVRdmh4kXIrUP_jAaai1PItZqmOm_MvtA71d/s1600-h/P1040765.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5093102834597700722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYcWifeFfhqNOMFaJhTamMIqL2j2ISJ8-HBQ4OB4y48LyY9tPbaBX8gRfq3FyTA1FobDZlUUA_wdGdAX6E_sBSCXWaEbBm75-F2-xheeKxgVRdmh4kXIrUP_jAaai1PItZqmOm_MvtA71d/s400/P1040765.JPG" border="0" /></a><br /><div>Com traços tímidos </div><div>traço a pulso firme os traços nítidos do teu rosto</div><div>Que atravessam distâncias</div><div>zonas de luz e noite.</div><div>Fundem-se na sua altivez</div><div>sem medo nem castigo</div><div>nem sequer vingança.</div><div>Investido pela força de um brio de vertigem incessante-selvagem.</div><div>na crina de um corcel de fogo</div><div>semeando brisas e colhendo epífanias</div><div>que continuam sempre te esperando.</div><div>Quantas vezes terás ressuscitado do fundo do teu anjo caído?</div><div>Quantas vezes terá caído uma lágrima profunda"?</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-7766787056135811302007-07-25T10:10:00.000-07:002007-07-25T10:37:46.155-07:00Dança Maria dança<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiosj-PdZHwylNZgB9tyfrYPhXWg5Iyk1ykYZJgcCp5GjLMU1hY4fms3bOFOcTslraf5BkkhL4iWSpcYwZYq_kBL5sVV16fxuygkYDN4vSMDuikzu83rBzGR1jGrIS0uHk-ZLWmdPqXNcGd/s1600-h/P1040709.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5091183293454034018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiosj-PdZHwylNZgB9tyfrYPhXWg5Iyk1ykYZJgcCp5GjLMU1hY4fms3bOFOcTslraf5BkkhL4iWSpcYwZYq_kBL5sVV16fxuygkYDN4vSMDuikzu83rBzGR1jGrIS0uHk-ZLWmdPqXNcGd/s400/P1040709.JPG" border="0" /></a><br /><div>Danço...</div><div>No respirar do formigueiro</div><div>em meu corpo entorpecido</div><div>pelo fascínio deslumbrante</div><div>da dança dos sete véus</div><div>No fágil movimento orgásmico</div><div>arrancado no último dos suspiros</div><div>ao último dos céus.</div><div></div><div>Danço...</div><div>De ventre sob os gomos da cúpula do desejo</div><div>No espaldar reflectido em mil espelhos</div><div>a beleza quase nua de uma luz primordial</div><div>No risco delicado da melodia interdita</div><div>do bolero de Ravel</div><div>que sem rede puxa-me freneticamente em colisão.</div><div></div><div>Danço...</div><div>de corpo rasgado</div><div>vestida de escarlate gasto</div><div>como se fosses um brinde à vida</div><div>Na eterna apoteótica fatalidade</div><div>com que os fios escuros do meu cabelo</div><div>enfeitados (de-lírios) brancos</div><div>pousados ao deléve em meus lábios quase neve.</div><div></div><div>Danço...</div><div>no desespero avassalador</div><div>com que dispo o último véu</div><div>No puro pulsar de todas as espontaneas</div><div>de bailarina sem pontas</div><div>que cai em queda livre rendida a teus pés.</div><div></div><div>Danço...</div><div>Contigo, assim...</div><div>na liberdade florida de uma dança sibilante</div><div>que Maria eu danço enlouquecida</div><div>pela lança que me enlança</div><div>quando danças para mim </div><div>e que eu sei que vai ferir-me de morte</div><div>Grande é o ímpeto da vida.</div><div> </div><div>Foto by: maria-treva-flor</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-15353097476206704002007-07-23T09:02:00.000-07:002007-07-23T09:28:58.470-07:00Marcha núpcial<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdTcWE8QUnyrrDZVCij-ikNdoRai3ljDougHehrNjig9OjctQaGdkldDXeZU3ximAQz1J13LVJG-DW1CnCjDF1gxFtDqwDPkNIX4YNDNMOM1Vabf9G2mMeuh8JP0KYtqQObRb99KtbUZry/s1600-h/P1040635.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5090423874516624466" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdTcWE8QUnyrrDZVCij-ikNdoRai3ljDougHehrNjig9OjctQaGdkldDXeZU3ximAQz1J13LVJG-DW1CnCjDF1gxFtDqwDPkNIX4YNDNMOM1Vabf9G2mMeuh8JP0KYtqQObRb99KtbUZry/s400/P1040635.JPG" border="0" /></a></div><p>Acalma o teu respirar e adverte o meu</p><p>sobre a cama adensa-se a noite</p><p>confusa de trovões e presságios</p><p>fantasmas alados e lâminas de silex</p><p>com os seus elmos sombrios a ofuscar o luar</p><p>avançam em desordem e atravessam as pontes levadiças da mente.</p><p></p><p>É a hora inaudível dos mortos.</p><p></p><p>O tic-tac persistênte do relógio</p><p>verte seus ponteiros rumo à íris de ebano do tempo</p><p>soletram as linhas da palma da minha mão</p><p>nas oscilações pêndulares dos meus fantasmas interiores.</p><p></p><p>É tarde para iça-los.</p><p></p><p>Encontraram a torre errante dos sonhos a partilhar.</p><p></p><p>Abraça-os, são todas as acções da tua vida</p><p>Ergue teu cálice e celebra</p><p>O fervor da minha marcha núpcial.</p><p></p><p>Foto: maria-treva-flor</p><p></p>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-70627136408127402962007-06-19T12:34:00.000-07:002007-06-19T12:54:42.120-07:00De olhos bem fechados<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMLutO85WJ0OsIKLmIyK2yl7yllhUF3VoyO5boffrNTivM8rMd3sIGre9_eccipE612HK3gF6GJdGl0BDAp8l5EouiOkrhWAvTEUtlf8L275JuQpB6D7yCFXVRDV63RoeBAqb8Laz9tAkC/s1600-h/P1040006.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5077861466641745986" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMLutO85WJ0OsIKLmIyK2yl7yllhUF3VoyO5boffrNTivM8rMd3sIGre9_eccipE612HK3gF6GJdGl0BDAp8l5EouiOkrhWAvTEUtlf8L275JuQpB6D7yCFXVRDV63RoeBAqb8Laz9tAkC/s320/P1040006.JPG" border="0" /></a><br /><div>Permite-me...</div><div>que de olhos bem fechados</div><div>encerre em ti o grito que levanta o medo em resplandecente encanto</div><div>Dispa-me de bruma e frio</div><div>na celestial vertigem de ver o mundo</div><div>com as suas ondulações de fugaz espuma</div><div>e líquidos topázios enraizados no firmamento</div><div>das tuas ávidas mãos sussurando-me segredos</div><div> </div><div>Permite-me...</div><div>que de olhos bem fechados</div><div>cerque o desmembramento do sono fundo dos suspiros</div><div>que o acaso estende</div><div>sem procurar outra paixão</div><div>nem abrir outro caminho</div><div>nem outra vida</div><div>na vil sucessão de visões em quebra</div><div>ao dar-me de corpo e alma, na certeza do inacessível</div><div> </div><div>Permite-me...</div><div>que de olhos bem fechados, me permita</div><div>Ficar no mar do teu corpo</div><div>na ânsia rendida do meu amor</div><div>Aquela plenitude que de olhos bem fechados</div><div>e de peito aberto invoco.</div><div> </div><div>Foto: Maria- treva-flor</div><div> </div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-34783067333600268322007-06-15T04:37:00.000-07:002007-06-15T04:55:50.413-07:00Mentira ébria<ul><br /><li><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBNKQyYxK8fRFZJtpc4jIBKFJD0G8r2J6N-LpopKlKnYey4v5h0sdR8pdkK8fZQxLW-Ur1aulkkmwRMil7IgREaOSv76LdZF96DVnwCl7veX7l09ocldhbiiZ4Q0vh4M_gHMPEjCNT6XQg/s1600-h/P1040267.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5076254092311087154" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBNKQyYxK8fRFZJtpc4jIBKFJD0G8r2J6N-LpopKlKnYey4v5h0sdR8pdkK8fZQxLW-Ur1aulkkmwRMil7IgREaOSv76LdZF96DVnwCl7veX7l09ocldhbiiZ4Q0vh4M_gHMPEjCNT6XQg/s320/P1040267.JPG" border="0" /></a><br /><span></span><br /></li></ul><p></p><p>Reclamo apenas uma verdade sóbria</p><p>no silêncio que não pode ser teu</p><p>A firme dignidade da tua triste queda</p><p>na angústia que te afoga num espiral de mãos</p><p>com o indicador nos teus lábios</p><p>Aguardo a chamada na rasgada distância</p><p>Aqui, dentro de mim...</p><p>onde tudo é uma mentira ébria.<br /></p><p></p>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-26145368827902448352007-06-13T04:26:00.000-07:002007-06-13T05:14:32.763-07:00Silhueta sem nome<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgSTtZt74w4LD1KxBV8E8B8ySb7JrcyCtmiF-zUTc-_Hx8jJvy6hRl_jtBLA7sgK8ZRloZ8gOxdQ2_kC6aOVvxbfdNyAo0jzBeiG9pxO0rWEDDlxEggkg-8awxIXPYtEyTcOx8moObBA6/s1600-h/P1040256.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075509104463792162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPgSTtZt74w4LD1KxBV8E8B8ySb7JrcyCtmiF-zUTc-_Hx8jJvy6hRl_jtBLA7sgK8ZRloZ8gOxdQ2_kC6aOVvxbfdNyAo0jzBeiG9pxO0rWEDDlxEggkg-8awxIXPYtEyTcOx8moObBA6/s320/P1040256.JPG" border="0" /></a><br /><div>É sobre a nudez do teu rosto</div><div>que de repente a noite cai</div><div>Ensinam minhas mãos às cegas</div><div>o caminho dos de-lírios brancos</div><div>onde a luz indecisa da manhã</div><div>demora acontecer</div><div> </div><div>Nas minhas mãos elevo o amor e canto</div><div>Tímida melodia por abrir</div><div> </div><div>Canto desassossego que se explícita no ímpeto do desejo</div><div>Nesse culminar da minha cegueira</div><div> </div><div>Propícia visão de epifanias</div><div>onde se avizinha o caos</div><div> </div><div>A perpétua dimensão de algum lugar estranho</div><div>não muito longe de mim.</div><div> </div><div>Que estranha sensação de estar num espaço aberto</div><div>Diluir-me na noite que me devasta a pele da alma</div><div>Já que eu era sombra e por entre sombras mais</div><div>me perdi.</div>Maria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3889404702303152094.post-10240690513490940992007-06-08T10:18:00.001-07:002007-06-08T10:42:49.708-07:00Mar de chamas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3a4ALm7qbbopmXjXAhOdZ-zBNVI8cAWYpOrjjCjbInp4nJ9XFPJ5lP-mwnt7O0sNlr2P-_sABgLyEqakFhQ4Amak86MlB1ztkeAnj3alhwjn2CMBWntYTOaFf85dT4VRFAmtGE9YfWBbb/s1600-h/P1040192.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5073749744125429778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3a4ALm7qbbopmXjXAhOdZ-zBNVI8cAWYpOrjjCjbInp4nJ9XFPJ5lP-mwnt7O0sNlr2P-_sABgLyEqakFhQ4Amak86MlB1ztkeAnj3alhwjn2CMBWntYTOaFf85dT4VRFAmtGE9YfWBbb/s320/P1040192.JPG" border="0" /></a> Sinto um calafrio de chamas me chamando<br /> no avesso da minha alma obscurecida numa tela invisível<br />Quem perguntará ao meu frio pela brasa que me queima a alma?<br /> Porque sempre saberei sem saber o que é um mar de chamas interrompido<br /><br />Nele permanecem o medo, as minhas insensatas perguntas<br /> como estas lágrimas em debandada por labirintos de fumo<br /> nas quais jaz a nudez branca do meu corpo por ti inflamado<br /><br />No fim digo: que se passa? quem chama por mim?<br />Ninguém responde na obscura inquietude do meu funeral de cinzas<br /> que ainda me atrevo a respirar.<br /><br />Foto: Maria-treva -florMaria-treva-florhttp://www.blogger.com/profile/16659313721321216399noreply@blogger.com4