quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Carta Registada


Mãe, quando meus olhos mordem esta terra escura
sinto o peso, sinto frio
Retenho então a tua presença distante e sempre pressentida
na minha própria história escrita pelos teus passos.
Hei-de resgatar a nossa vida!
Nem que seja numa só feliz imagem, pulsando na memória,
Os anos que não vivemos,
As guerras que sentimos.
A cúmplicidade de um olhar.
Acaso apenas seja o tremor de um instante, na presença desta manhã.
Mãe, quero ficar, ser o teu sol primeiro,
O raio ninar de um regaço
que, ao se unirem, o amor proclama
pela simples felicidade de estarmos juntas
e, que nem esta terra escura consegue nos separar.

2 comentários:

Jose disse...

Maria.
Já perdi a conta as vezes que li este pequeno texto, quero escrever algo e não consigo, meus dedos não deixam que eu diga algo que não seja digno deste hino há Mãe.

Um beijo


Jose

Isamar disse...

Um hino à mãe que me deixou comovida e sem palavras.
Beijinhos mil.