sábado, 8 de dezembro de 2007


Instantes

... E tudo permanece em silêncio
enquanto estremece o momento.
Sabores densos a prados ou maçãs verdes
flutuam na luz matinal mal filtrada
São palpitações novas de vertigens sentidas
Observo-o indiscreta ou por sensual apetite suas formas esbeltas.
Céus! Parece um Apolo de porte Dionisíaco
livre, despido e de corpo solto.
É um corpo que amanhece da noite que agora acaba
e pelo seu sol deslizo com o resvalar do beijo fresco da manhã.
Há algo suave, quase feminino no seu rosto,
apesar da barba por fazer e a firmeza que desenha seu musculado corpo
seu peito, seus quadris - percorro.
É pecado pela certa. Como resistir?
É o éden, é paixão que apalpa,
o sentido desnudado do tumultuoso latejar do coração,
ao fazer-se amor que assegura um mundo que começa...
..aqui, onde tudo permanece em silêncio
enquanto estremece o instante.

Foto by: Maria treva Flor