Vais embora?
Não vás ainda, imploro.
Não fujas nesta hora despida
Olha-me na íntima angústia
Dá-me vida, dá-me morte,
Não me deixes no limbo
Deita-me no esquife e corre os ferrolhos
Aqui tens a chave, usa-a
Balanceia-te no perfume agridoce da morte
Outorga a minha inocência mumificada
Não és tu o meu anjo, o meu demónio
O risco e o feitiço de um tão esquivo amante?
Então fica. Celebra a minha morte.
Foto by: Maria treva flor
Não vás ainda, imploro.
Não fujas nesta hora despida
Olha-me na íntima angústia
Dá-me vida, dá-me morte,
Não me deixes no limbo
Deita-me no esquife e corre os ferrolhos
Aqui tens a chave, usa-a
Balanceia-te no perfume agridoce da morte
Outorga a minha inocência mumificada
Não és tu o meu anjo, o meu demónio
O risco e o feitiço de um tão esquivo amante?
Então fica. Celebra a minha morte.
Foto by: Maria treva flor
4 comentários:
A complexidade ao desnudar o trilho que mais nos fascina.
Falta sempre o passo fatal, para salvação ou maldição.
Belo poema miúda profundo.
Um beijo
José
A morte pode ser um acto de amor...
Vais embora?
Mesmo que vá, levo-te comigo.
Tudo o que impregnaste de ti em mim ficará gravado em minha alma.
Perfeito.
A tua escrita...
Tem sido em melhoria contínua.
Beijo.
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