domingo, 3 de junho de 2007

A persistência da memória




Este velho hábito de me esquecer de te esquecer
De me perder nas sombras dos teus olhos


  • Cair dentro de mim, aos tombos com a destreza nova de uma fadiga antiga


    Cair desenganada, cair no desconhecido
    No infinito do nunca, no nunca que não se agarra e que não se pode ter


    Olhar a distância, desvirtuando a consciência
    Sentir a ausência do tempo em meus descompassados passos


    Esquecer um passado cuja persistência estimula o desenterrar da memória que nunca me esquece.

Foto de: Maria-treva-flor

Um comentário:

Brain disse...

Maria...

Que escrita Fantástica!
Que início!
Que privilegiado me sinto, por te poder acompanhar desde o início!

Linkei-te e virei sempre espreitar.

Continua...

Beijo.