sexta-feira, 8 de junho de 2007

Mar de chamas

Sinto um calafrio de chamas me chamando
no avesso da minha alma obscurecida numa tela invisível
Quem perguntará ao meu frio pela brasa que me queima a alma?
Porque sempre saberei sem saber o que é um mar de chamas interrompido

Nele permanecem o medo, as minhas insensatas perguntas
como estas lágrimas em debandada por labirintos de fumo
nas quais jaz a nudez branca do meu corpo por ti inflamado

No fim digo: que se passa? quem chama por mim?
Ninguém responde na obscura inquietude do meu funeral de cinzas
que ainda me atrevo a respirar.

Foto: Maria-treva -flor

4 comentários:

Isamar disse...

Lindo este teu mar de chamas. O amor é isso mesmo.
Beijinhos

Madalena disse...

:)*

A.S. disse...

Um poema lindo, feito com palavras intensas e uma belissima expressãp poética!...


Um beijo!

Luis Mendes disse...

Brilhante.