Somos sangue que corre como rios dentro de nós
que nos empurra, nos segura, nos devora
Somos montanhas de esperança, desertos de sede,
mares de raiva a quebrar-nos os braços do medo e da loucura.
Somos raízes que se agarram às areias movediças
que se movem sobre pedras
Somos a significância que pulsa nas palavras
arrancadas aos gestos com chicotes de fogo
que nascem no passado e se transformam na nossa essência.
E abrem, abrem, abrem os limites fechados do presente,
entre prenúncio de morte e o nada
Somos tudo
Somos nada.
Um comentário:
E...
Não é fantástica esta capacidade que temos,
De ser tudo
E
De ser nada?
Assim como esta tua fantástica capacidade de escreveres desta forma!
Beijo.
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