terça-feira, 11 de setembro de 2007

Mutantes


Somos sangue que corre como rios dentro de nós
que nos empurra, nos segura, nos devora
Somos montanhas de esperança, desertos de sede,
mares de raiva a quebrar-nos os braços do medo e da loucura.
Somos raízes que se agarram às areias movediças
que se movem sobre pedras
Somos a significância que pulsa nas palavras
arrancadas aos gestos com chicotes de fogo
que nascem no passado e se transformam na nossa essência.
E abrem, abrem, abrem os limites fechados do presente,
entre prenúncio de morte e o nada
Somos tudo
Somos nada.

Um comentário:

Brain disse...

E...
Não é fantástica esta capacidade que temos,
De ser tudo
E
De ser nada?

Assim como esta tua fantástica capacidade de escreveres desta forma!

Beijo.