quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pergunto


Quando chegou, anunciou-se em arrebatação que tudo pode
Foi motim de carne caprichosa, poema inacabado
Foi pulsar extremo do Y grego e o T sobre o chão exausto
Foi valsa, bolero, estremecimemto de um oboé.
Foi-se embora, deixou-me o vazio
Por onde andará aquela arrebatação que tudo pode?
Pergunto ao vazio que nunca me esquece
mas não me responde.

2 comentários:

Jose disse...

Não queiras o fim do poema, senão acaba o encanto da arrebatação.

Nunca perguntes nada ao vazio, implora , ordena, transforma-te em motin.

Um beijo miúda


José

Brain disse...

E porque há vazios,
Que de tão cheios,
Rebentam-nos as entranhas,
Num constante ir e voltar,
De questões que parecem,
Não mais terminar.

MTF,
Um beijo para ti!