sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Manifesto de silêncio



Avança lentamente
um passo mais.
Encontremo-nos talvez
nos umbrais deste poema.

Nega-o, apaga-o
ainda não se fez.

Apenas tu e eu
no silêncio de um possível verso.


Deixa,
Que o silêncio emane o teu silêncio
e que uma inquietude te traga, o meu silêncio
Com o mundo que interpretas
para que humildemente eu te sirva, a interrogação:
Calada
Secreta
Sem palavras.

Na imanência oculta que nos atrai
a substância atónita da alma.

4 comentários:

Brain disse...

Simples nas palavras,
Profundo e eficaz,
No objectivo.

Adorei!

Beijo.

Nelson disse...

Há silêncios que não feren.
São silêncios que nos chamam, que nos fazem dar esse passo mais, lentamente.
Silêncios em verso que não provocam desconforto, que transforma a inquietude em calma mas exigem o respeito pela sua natureza secreta, sem palavas, calada.
São silêncios que nos atraem!

RASTINOV disse...

Na inquietude do silêncio, porque também existe o mundo das vozes caladas...

Vitor disse...

o berro é muitas vezes silêncio...

abraço