segunda-feira, 30 de julho de 2007

Anjo caído


Com traços tímidos
traço a pulso firme os traços nítidos do teu rosto
Que atravessam distâncias
zonas de luz e noite.
Fundem-se na sua altivez
sem medo nem castigo
nem sequer vingança.
Investido pela força de um brio de vertigem incessante-selvagem.
na crina de um corcel de fogo
semeando brisas e colhendo epífanias
que continuam sempre te esperando.
Quantas vezes terás ressuscitado do fundo do teu anjo caído?
Quantas vezes terá caído uma lágrima profunda"?

Um comentário:

Brain disse...

MTF,

Este teu escrito,
Fantástico,
Lembrou-me algo que escrevi há uns tempos atrás.
Deixo-to aqui ficar em jeito de um carinho.
Espero que gostes.
Espero que não te importes.

À Espera de Ti…

À espera de ti,
Eu permaneço aqui,
Fechada dentro deste meu mundo,
Sem portas,
E com múltiplas pequenas janelas,
Pelas quais vislumbro,
A vida que lá fora passa!

E tu,
Ser que povoa o meu imaginário,
Não sei sequer se és real,
Não sei sequer se existes,
Se estás longe ou perto,
Só sei,
Que eu aqui permaneço,
À espera de ti!

E quando chegares,
Vais ter de esculpir uma porta,
Apenas com as tuas mãos,
Neste meu mundo,
Para nele puderes entrar,
Sendo que essa,
Será a tua prova,
Do merecimento,
Que dele podes fazer parte.

E eu,
Que tanto anseio pela tua chegada,
Pelo calor do teu abraço,
Pelo teu afago no meu leito,
Pelo preenchimento deste pequeno vazio
Bem latente no meu ser,
Não sei,
Se te quero ver entrar.
Talvez por isso,
Neste meu mundo,
Portas não haja,
E as janelas estejam fechadas.

E apenas uma existe,
Que permanece entreaberta.
É uma pequena clarabóia,
No topo da minha alma,
Que por estar “bem lá em cima”,
(como que a salvo)
Por ela apenas vislumbre,
O pleno de um céu,
Que sabendo,
Ser difícil de igualar,
Vou contemplando,
Enquanto espero por ti,
Meu anjo caído!

2006.05.26


Beijo.